Wednesday 17 September 2008

Voltando para Angola







Para todos angolanos e amigos de Angola um abraço amigo.

Sou um angolano que saiu de Angola quando tinha 26 anos, recém casado e com a esposa rumou para a Inglaterra visando fazerem faculdade e voltarem depois de 4 anos. Como muitas vezes acontece nestas ocasiões, durante a formação veio o emprego esperado, depois da formação veio a mudança para outros empregos mais promissores, vieram os filhos (2 rapazes que connosco vibram quando o Arsenal vence uma partida de futebol ) e 14 anos passaram-se assim. Num abrir e fechar de olhos.

Mas como o bom filho sempre volta a terra, nós também estamos de volta. Estaremos em Angola no final deste ano , onde nos espera o desafio de voltar a trabalhar falando português, um novo ambiente e cultura laboral, e naturalmente a possibilidade de contribuir com um pouco do nosso saber e experiência para o engrandecimento da nossa terra.

Acontece que esta aventura angolana, será melhor do que a nossa aventura inglesa, porque estamos voltando para um ambiente conhecido ( pelo menos para nós como casal, visto que os nossos filhos nasceram e cresceram debaixo do sistema ingles, portanto sua cultura é ocidental).

Estivemos como familia em Angola em 2007 para que os putos ( os miudos) pudessem ver o que é Angola. A principio ficaram chocadíssimos. Não conseguiam compreender como miudos andavam descalços e sujos nas ruas, como estes tomavam banhos em lagoas com água castanha, e a azafáma que eram as ruas de Luanda.

Aí então o pai deles ( isto é, eu) ajudou-os a entender que ele tivera uma infância não muito diferente daquela. Que os meus amigos de infância foram engraxadores, estudantes, filhos de sapateiros e de engenheiros e doutores, enfim uma mistura de niveis sociais e financeiros que em Angola convivem sem problemas absolutamente nenhums. Mas que aquele fora o periodo mais feliz da minha vida ( até conhecer a mãe deles, claro)

Ajudei-os a ver que aquelas crianças vivendo como viviam, em muitos casos eram mais felizes do que alguns de nossos vizinhos ingleses que viviam em lares desfeitos, rodeados por inúmeros bens matérias que apenas dão uma alegria temporária. Falei-lhes dos laços familiares fortes nas familias angolanas. Da alegria humilde e do grande senso de ispiritualidade que possuem. Ai eles compreenderam e aceitaram os meninos da minha terra com quem passaram momentos maravilhosos nos 30 dias que passaram em Luanda.


Como estavamos de ferias tomamos inúmeros banhos de praia nas manhãs ensolaradas de Luanda. Encontrei um português dono de um restaurante na ilha de Luanda, que é uma simpatia de pessoa e aquem prometi voltar. Terei muito prazer em torna-lo mais rico, por comer no seu restaurante. Sei que quando se esta de férias a vida é bem diferente da de quem trabalha, mas acredito que a nossa aventura Angolana será um sucesso.

E os motivos são vários:

Angola é uma economia em franca expansão. Qualquer cego lhe dirá isso.
A sede de novas tecnológias e de pessoas experimentadas é maior do que nunca e a necessidade, por aquilo que observei no terreno, vai aumentar exponencialmente.
Angola é um pais virgem. Todos os sectores da vida nacional precisam de massa cinzenta.
Angola é um hub em efervescência. É o sonho dos investidores do mundo capitalista. Angola é hoje o maior produtor do liquido mais precioso do mundo depois da água e do sangue: Petróleo.
Os recursos mineiras desta terra o tornariam um pais extremamente rico mesmo que não produzisse petróleo.


Acredito que ao redor do mundo muitos querem vir experimentar Angola. Se tiverem questões, exponham-nas aqui neste Blog. Eu cá por mim, farei o meu melhor para responde-las.

Até lá recebam aquele abraço amigo.





Contacto:
angolano@hotmail.co.uk






1 Comments:

At 17 September 2008 at 02:40 , Blogger Marina said...

Sou uma portuguesa e gostaria de saber mais sobre angola. Meus pais viveram em angola na decada de 60 e sempre falam sobre ela com muita saudade. Gostaria de um dia visitar e quem sabe trabalhar na africa. Acho que tenho muito a oferecer num pais que diferente da europa parece ter os bracos abertos para o mundo.

 

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